terça-feira, 9 de agosto de 2011

Diário inventado de um menino já crescido

A escola
Todos os dias tenho muitas coisas importantes para fazer na minha escola.

Às vezes, aparecem minhocas ao canto do recreio.
Só de uma vez contei 57! Gosto muito de ir atrás delas e saber o que é que fazem, donde vêm, para onde vão. Ando a escrever uma história sobre minhocas com desenhos e tudo.
O André, que é o meu maior amigo e está ao meu lado na sala de aula, gosta mais de grilos. Eu cá gosto é de minhocas. Também gosto de elefantes e girafas, mas a minha escola é pequenina. Só dá para meninos e minhocas e contas de somar e lápis de cor e livros e outras coisas assim.

Todos nós vivemos acontecimentos extraordinários, conhecemos pessoas especiais, presenciamos momentos irrepetíveis.
O problema é que, quando começamos a crescer, começamos também a esquecer muitos desses acontecimentos, dessas pessoas, desses momentos.
É para isso que servem os Diários. Para guardar a nossa memória.
Um dia, resolvi chamar o menino que já fui à escrita e pedi-lhe para escrever algumas coisas de que ainda se lembra: os colegas, a avó, o pai, as múltiplas e, por vezes, contraditórias aprendizagens de que é feito o nosso crescimento.
E assim nasceu este Diário que é um bocadinho verdadeiro e um bocadinho inventado e que foi escrito pelo menino já crescido que sou.
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 5º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma e leitura com apoio do professor ou dos pais. 
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