Livre Pensamento (I)
QUANDO SE ENTRA NUMA BIBLIOTECA NUNCA SE SAI IGUAL LÁ DENTRO ESTÁ O MUNDO TODO!
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Difícil é Educá-los, de David Justino
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sexta-feira, maio 30, 2014
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cidadania,
divulgação
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Teresa Calçada e as bibliotecas escolares
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quinta-feira, maio 29, 2014
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quarta-feira, 28 de maio de 2014
Direitos e Deveres | Paternidade
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quarta-feira, maio 28, 2014
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cidadania,
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segunda-feira, 26 de maio de 2014
Fisica no dia-a-dia, de Rómulo de Carvalho
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segunda-feira, maio 26, 2014
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vídeo física
Livre Pensamento - Carlos Fiolhais
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segunda-feira, maio 26, 2014
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ciências livre pensamento
«Há palavras que nos beijam»
«Há palavras que nos beijam» - TSF
Como se
tivessem boca, Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança
louca.
Palavras
nuas que beijas/Quando a noite perde o rosto, Palavras que se recusam Aos muros
do teu desgosto.
De repente
coloridas Entre palavras sem cor, Esperadas, inesperadas/Como a poesia ou o
amor.
(O nome de
quem se ama/Letra a letra revelado/No mármore distraído, No papel abandonado)
Palavras que
nos transportam Aonde a noite é mais forte, Ao silêncio dos amantes/Abraçados
contra a morte
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segunda-feira, maio 26, 2014
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domingo, 25 de maio de 2014
«Canto Nono»
«Canto Nono» - TSF
Terá chovido
durante cem dias e a água infiltrada/pelas raízes das ervas/chegou à biblioteca
banhando as palavras santas/guardadas no convento.
Quando
tornou o bom tempo, Sajat-Novà o frade mais jovem/levou os livros todos por uma
escada até ao telhado/e abriu-os ao sol para que o ar quente/enxugasse o papel
molhado.
Um mês de
boa estação passou/e o frade de joelhos no claustro/esperava dos livros um
sinal de vida. Uma manhã finalmente as páginas começaram/a ondular ligeiras no
sopro do vento/parecia que tinha chegado um enxame aos telhados/e ele chorava
porque os livros falavam.
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domingo, maio 25, 2014
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sábado, 24 de maio de 2014
«Pastelaria»
«Pastelaria» - TSF
oOjornalista Hugo Neutel lê o poema «Pastelaria», de Mário Cesariny.
oOjornalista Hugo Neutel lê o poema «Pastelaria», de Mário Cesariny.
Afinal o que
importa não é a literatura/nem a crítica de arte nem a câmara escura/Afinal o
que importa não é bem o negócio/nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de
ócio/Afinal o que importa não é ser novo e galante - ele há tanta maneira de
compor uma estante!
Afinal o que
importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício/e cair
verticalmente no vício/Não é verdade rapaz? E amanhã há bola/antes de haver
cinema madame blanche e parola
Que afinal o
que importa não é haver gente com fome/porque assim como assim ainda há muita
gente que come
Que afinal o
que importa é não ter medo/de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de
muita gente: Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o
que importa é por ao alto a gola do peludo/à saída da pastelaria e, lá fora -
ah, lá fora! - rir de tudo
No riso admirável de quem
sabe e gosta/ter lavados e muitos dentes brancos à mostra.
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sábado, maio 24, 2014
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sexta-feira, 23 de maio de 2014
«Sísifo»
«Sísifo» - TSF
Recomeça...
Se puderes, Sem angústia e sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho
duro/Do futuro,/Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances/Não descanses. De
nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca
saciado, Vai colhendo/Ilusões sucessivas no pomar/E vendo/Acordado, O logro da
aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura/Onde, com lucidez, te
reconheças.
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sexta-feira, maio 23, 2014
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poesia
«Tríptico»
«Tríptico» - TSF
O jornalista
José Carlos Barreto lê «Tríptico», um poema de
Herberto Helder.
Não sei como
dizer-te que minha voz te procura/e a atenção começa a florir, quando sucede a
noite/esplêndida e vasta. Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos/se
enchem de um brilho precioso/e estremeces como um pensamento chegado.
Quando, iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado/pelo pressentir de um
tempo distante, e na terra crescida os homens entoam a vindima - eu não sei
como dizer-te que cem ideias, dentro de mim, te procuram. Quando as folhas da
melancolia arrefecem com astros/ao lado do espaço/e o coração é uma semente
inventada/em seu escuro fundo e em seu turbilhão de um dia, tu arrebatas os
caminhos da minha solidão/como se toda a casa ardesse pousada na noite.
- E então
não sei o que dizer/junto à taça de pedra do teu tão jovem silêncio. Quando as
crianças acordam nas luas espantadas/que às vezes se despenham no meio do tempo
- não sei como dizer-te que a pureza, dentro de mim, te procura. Durante a
primavera inteira aprendo/os trevos, a água sobrenatural, o leve e
abstracto/correr do espaço -
e penso que
vou dizer algo cheio de razão, mas quando a sombra cai da curva sôfrega/dos
meus lábios, sinto que me faltam/um girassol, uma pedra, uma ave -
qualquer/coisa extraordinária. Porque não sei dizer-te sem milagres/que dentro
de mim é o sol, o fruto, a criança, a água, o deus, o leite, a mãe, o amor, que
te procuram.
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sexta-feira, maio 23, 2014
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poesia
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Conta-Me História - Transferência da Corte para o Brasil
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quinta-feira, maio 22, 2014
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Conta-me História - Terramoto de 1755
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quinta-feira, maio 22, 2014
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Conta-me História - Descobrimento do Brasil
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quinta-feira, maio 22, 2014
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Conta-me História - Restauração da independência
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quinta-feira, maio 22, 2014
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Conta-me História - Regeneração
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quinta-feira, maio 22, 2014
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Conta-me História - Implantação da República
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quinta-feira, maio 22, 2014
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Conta-me História - Fundação de Portugal
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quinta-feira, maio 22, 2014
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Minha cabeça estremece - Herberto Hélder // Rodrigo Leão
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quinta-feira, maio 22, 2014
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poesia
«O Poema Original»
«O Poema Original» - TSF
Ana Bravo, retirou da prateleira o livro «Resumo», de José Carlos Ary dos Santos, e disse «O Poema Original».
Original é o poeta/de origem clara e comum/que sendo de toda a parte/não é de lugar algum.
O que gera a própria arte/na força de ser só um/por todos a quem a sorte/faz devorar em jejum.
Original é o poeta/que de todos for só um.
Original é o poeta/expulso do paraíso/por saber compreender/o que é o choro e o riso; aquele que desce à rua/bebe copos quebra nozes/e ferra em quem tem juízo/versos brancos e ferozes.
Original é o poeta/que é gato de sete vozes.
Original é o poeta/que chega ao despudor/de escrever todos os dias/como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia/como se fosse mulher/e nela emprenha a alegria/de ser um homem qualquer.
Ana Bravo, retirou da prateleira o livro «Resumo», de José Carlos Ary dos Santos, e disse «O Poema Original».
Original é o
poeta/que se origina a si mesmo/que numa sílaba é seta/noutra pasmo ou
cataclismo/o que se atira ao poema/como se fosse ao abismo/e faz um filho às
palavras/na cama do romantismo.
Original é o
poeta/capaz de escrever em sismo. Original é o poeta/de origem clara e comum/que sendo de toda a parte/não é de lugar algum.
O que gera a própria arte/na força de ser só um/por todos a quem a sorte/faz devorar em jejum.
Original é o poeta/que de todos for só um.
Original é o poeta/expulso do paraíso/por saber compreender/o que é o choro e o riso; aquele que desce à rua/bebe copos quebra nozes/e ferra em quem tem juízo/versos brancos e ferozes.
Original é o poeta/que é gato de sete vozes.
Original é o poeta/que chega ao despudor/de escrever todos os dias/como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia/como se fosse mulher/e nela emprenha a alegria/de ser um homem qualquer.
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quinta-feira, maio 22, 2014
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poesia
quarta-feira, 21 de maio de 2014
«Fala do velho do Restelo ao astronauta»
«Fala do velho do Restelo ao astronauta» - TSF
A jornalista
Clara Osório folheou o livro «Os poemas possíveis», de José Saramago, e
escolheu o poema «Fala do velho do Restelo ao astronauta» do Prémio Nobel da
Literatura,
Acendemos
cigarros em fogos de napalme/E dizemos amor sem saber o que seja. Mas fizemos
de ti a prova da riqueza, E também da pobreza, e da fome outra vez. E pusemos
em ti sei lá bem que desejo/De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal,
de olhos tensos, soletramos/As vertigens do espaço e maravilhas: Oceanos
salgados que circundam/Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo,
astronauta, é boa mesa/Onde come, brincando, só a fome, Só a fome, astronauta,
só a fome, E são brinquedos as bombas de napalme.
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quarta-feira, maio 21, 2014
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poesia
terça-feira, 20 de maio de 2014
«Identidade»
«Identidade» - TSF
Em
"Raiz de Orvalho e Outros Poemas", Mia Couto escreveu «Identidade»,
poema lido pela jornalista Gabriela Batista.
Preciso ser
um outro/para ser eu mesmo
Sou grão de
rocha/Sou o vento que a desgasta
Sou pólen
sem insecto
Sou areia
sustentando/o sexo das árvores
Existo onde
me desconheço/aguardando pelo meu passado/ansiando a esperança do futuro
No mundo que
combato morro/no mundo por que luto nasço
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terça-feira, maio 20, 2014
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poesia
segunda-feira, 19 de maio de 2014
«Saudade»
«Saudade» - TSF
A escolha de
Miguel passou pelo poeta Gilberto
Vasconcelos.
Eu tenho
dentro de mim, tenho dentro do peito, uma saudade, que enfim, me esquece o que
tens feito.
Eu tenho
dentro de mim, tenho cá dentro em verdade, aquela saudade, enfim, do que me
deste em saudade.
Esta
saudade, saudade, esta saudade sem fim/como eu a tenho em verdade/bem dentro,
dentro de mim,
é talvez, só
a verdade/que deva sair de mim/em bem estranha saudade.
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segunda-feira, maio 19, 2014
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poesia
domingo, 18 de maio de 2014
«Esta Gente»
«Esta Gente» - TSF
Publicado no
livro "Geografia", o poema «Esta Gente», de Sophia de Mello Breyner
Andresen, foi o escolhido pela jornalista Ana Lemos
Esta gente
cujo rosto/Às vezes luminoso/E outras vezes tosco
Ora me
lembra escravos/Ora me lembra reis
Faz renascer
meu gosto/De luta e de combate/Contra o abutre e a cobra/O porco e o milhafre
Pois a gente
que tem/O rosto desenhado/Por paciência e fome/É a gente em quem/Um país
ocupado/Escreve o seu nome
E em frente
desta gente/Ignorada e pisada/Como a pedra do chão/E mais do que a
pedra/Humilhada e calcada
Meu canto se
renova/E recomeço a busca/De um país liberto/De uma vida limpa/E de um tempo
justo
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domingo, maio 18, 2014
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poesia
sábado, 17 de maio de 2014
Nós os portugueses
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sábado, maio 17, 2014
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vídeo sociologia
«Velhos de Lisboa»
«Velhos de Lisboa» - TSF
Alexandre
O"Neill, «Velhos de Lisboa».
Em suma:
somos os velhos, cheios de cuspo e conselhos, velhos que ninguém atura/a não
ser a literatura/E outros velhos. (os novos/ afirmam-se por maus modos com os
velhos). Senectude/é tempo não é virtude... Decorativos? Talvez... Mas por
dentro "era uma/Vez..." Velhas atrozes, saídas/de túgurios impossíveis,
disparam, raivoso, o dente/contra tudo e toda a gente. Velhinhas de
gargantilha/visitam o neto, a filha, e levam bombons de creme ou palitos
"de la reine". A ler p"lo sistema Braille/Ó meus senhores
escutai! um velho tira dos dedos/profecias e enredos. Outros mijam, fazem
esgares, têm poses e vagares/bem merecidos. Nos jardins, descansam, depois, os
rins.
Aquele outros
(os coitados!)/imaginam-se poupados/pelo tempo, e às escondidas/partem
p"ra novas sortidas... Muito digno, o reformado/perora, e é respeitado/na
leitaria: "A mulher/é em casa que se quer!" Velhotes com mais
olhinhos/que tu, fazem recadinhos, pedem tabaco ao primeiro/e mostram pouco
dinheiro... E os que juntam capicuas/e fotos de mulheres nuas? E os tontinhos,
os gaiteiros, que usam cravo e põem/cheiros?/(velhos a arrastar a asa/pago bem
e vou a casa)/E a velha que se desleixa/e morre sem uma queixa? E os que armam
aos pardais/Nessas hortas e quintais?/(Quem acerta co"os botões/deste
velho? Venha a cidade/ajudá-lo a abotoar/que não faz nada de mais!)/
Velhos, ó
meus queridos/velhos, saltem-me para os joelhos: vamos brincar?
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sábado, maio 17, 2014
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sexta-feira, 16 de maio de 2014
Nós os portugueses
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vídeo sociologia
José Saramago
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sexta-feira, maio 16, 2014
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vídeo português
Alexandre O' Neill, poeta e publicitário
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sexta-feira, maio 16, 2014
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vídeo português
Valter Hugo Mãe entrevista Álvaro Magalhães
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sexta-feira, maio 16, 2014
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vídeo português
António Gedeão
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sexta-feira, maio 16, 2014
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vídeo português
«O Presente Absoluto»
«O Presente Absoluto» - TSF
Ana Catarina Santos o poema «O Presente Absoluto», de António Ramos Rosa.
Duas bocas descobrem o veludo incandescente/e saboreiam o sabor perfeito de um fruto liso/que é um sumo do universo. Com a sua espuma constante/os amantes tecem uma abóbada leve de seda e espaço. Vivem num volume cintilante o presente absoluto.
Corpos encerrados em superfícies delicadas/abrem-se como velas vermelhas e o calor brilha, clareiras acendem-se numa tranquilidade branca, os olhos embriagam-se de miríades de cores/e todos os vocábulos são recentes como o orvalho.
Criam a origem pela origem, num corpo duplo e uno, transformam-se subindo morrendo em verde orgia, inertes renascem de onda em onda radiantes, reconhecem-se no vento que os expande e os dissolve, o mundo é uma brecha, um esplendor, um redemoinho
Ana Catarina Santos o poema «O Presente Absoluto», de António Ramos Rosa.
Duas bocas descobrem o veludo incandescente/e saboreiam o sabor perfeito de um fruto liso/que é um sumo do universo. Com a sua espuma constante/os amantes tecem uma abóbada leve de seda e espaço. Vivem num volume cintilante o presente absoluto.
Corpos encerrados em superfícies delicadas/abrem-se como velas vermelhas e o calor brilha, clareiras acendem-se numa tranquilidade branca, os olhos embriagam-se de miríades de cores/e todos os vocábulos são recentes como o orvalho.
Criam a origem pela origem, num corpo duplo e uno, transformam-se subindo morrendo em verde orgia, inertes renascem de onda em onda radiantes, reconhecem-se no vento que os expande e os dissolve, o mundo é uma brecha, um esplendor, um redemoinho
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sexta-feira, maio 16, 2014
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Amores e Saudades de um Português Arreliado, de Miguel Esteves Cardoso
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