terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Uma experiência avassaladora

“Um misterioso circo itinerante chega sem aviso e sem ser precedido por anúncios ou publicidade. Um dia, simplesmente aparece. No interior das tendas de lona às listas pretas e brancas vive-se uma experiência absolutamente única e avassaladora. Chama-se Le Cirque des Rêves (O Circo dos Sonhos) e só está aberto à noite.
Mas nos bastidores vive-se uma competição feroz - um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, que foram treinados desde crianças exclusivamente para este fim pelos seus caprichosos mestres. Sem o saberem, este é um jogo onde apenas um pode sobreviver, e o circo não é mais do que o palco de uma incrível batalha de imaginação e determinação. Apesar de tudo, e sem o conseguirem evitar, Celia e Marco mergulham de cabeça no amor - um amor profundo e mágico que faz as luzes tremerem e a divisão aquecer sempre que se aproximam um do outro.
Amor verdadeiro ou não, o jogo tem de continuar e o destino de todos os envolvidos, desde os extraordinários artistas do circo até aos seus mentores, está em causa, assente num equilíbrio tão instável quanto o dos corajosos acrobatas lá no alto.
Escrito numa prosa rica e sedutora, este romance arrebatador é uma dádiva para os sentidos e para o coração. O Circo dos Sonhos é uma obra fascinante que fará com que o mundo real pareça mágico, e o mundo mágico, real.”
Civilização Editora, 2012
“Levanta a tampa e olha para o interior. Além de uma fina espiral de fumo que se escapa, o frasco está vazio. Ao examiná-lo mais de perto, sente o cheiro do fumo da lareira, combinado com uma leva alusão a neve e a castanhas assadas. Intrigado, inala mais profundamente. Chega-lhe o aroma de vinho quente e doces cobertos de açúcar, hortelã-pimenta e fumo de cachimbo. O cheiro revigorante de um abeto. A cera de velas a gotejar. Quase consegue sentir a neve, a animação, a expectativa, o sabor açucarado de um bombom às riscas. É estonteante, maravilhoso e insólito.” (pág. 284)
“O chão debaixo dos seus pés estremece subitamente, tornando-se instável, mas Marco agarra-a pela cintura para a suster de pé.
Ao abrir os olhos, Celia vê que estão no convés de um navio, a meio do oceano.
Só que este navio é construído com livros e as velas são formadas por folhas a esvoaçar, navegando por um mar de tinta completamente negra.
O céu está cheio de pequenas luzes em suspenso, como se fossem estrelas muito compactas e brilhantes como o sol. “ (pág. 313)
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