«O Ciclo de Terramar», tantas vezes comparada a clássicos como «O Senhor dos Anéis» de J.R.R. Tolkien, traz à fantasia e à ficção científica uma nova sensibilidade e um número de admiráveis, impressionantes e simpáticas personagens. É uma tetralogia magnífica; uma saga admirável que despoleta com «O Feiticeiro e a Sombra» – livro premiado com o 'Boston Globe Horn Book Award of Excellence' de 1969 – e continua com a publicação de «Os Túmulos de Atuan». O universo destas narrativas envolve-nos, desde o princípio, numa atmosfera mágica e deveras inquietante. Este segundo volume é uma obra onde impera o suspense, os encontros místicos, os horrores inomináveis, mas também o sentido de humor. É neste cenário que os destinos dos heróis, Tenar e Gued, irão entrecuzar-se. Tenar, a grande sacerdotisa, é uma criança que foi despojada da própria identidade e afastada da família para se dedicar às entidades do além: Aqueles-Que-Não-Têm-Nome, as forças misteriosas dos túmulos de Atuan. Gued, o jovem feiticeiro, é o bravo herói que arrisca a vida no labirinto proibido em busca do grande tesouro, o famoso Anel de Erreth-Akbe. Ao mesmo tempo, é também sua missão libertar Tenar daquele local tenebroso. Esta tetralogia é considerada uma das maiores criações da literatura fantástica, quer pela beleza formal quer pela sensibilidade e sabedoria emanadas pelas personagens. «O Ciclo de Terramar» é, sem dúvida, uma das obras mais marcantes do percurso literário de Ursula K. Le Guin.
Os Túmulos de Atuan de Ursula K. Le Guin