quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Um livro de auto-ajuda

A obra Brida pode ser caracterizada como um texto de auto-ajuda de esoterismo, pois narra a trajetória de uma jovem que procura a compreensão de si mesma através do descoberta de conhecimentos de magia. Como os demais textos do genero, em geral, apresenta-se como um guia, uma metodologia para a conquista do sucesso material ou realização pessoal, que no caso consubstancia-se através da história da personagem e seu crescimento pessoal, descobrindo-se como feiticeira.

O autor, utilizando-se da fórmula da auto-ajuda, aproveita-se da constante busca do ser humano por poder, status, felicidade, etc, para apresentar soluções fáceis, baseadas numa filosofia elementar.
No primeiro capítulo de Brida, já se percebem os primeiros elementos característicos do livro de auto-ajuda: o autor quer ensinar algo. Por meio da experiência da personagem na floresta escura sozinha, o autor quer mostrar que a fé pode fazer a pessoa sentir-se protegida e vencer o próprio medo. A evocação de Deus naquele momento, de trechos da bíblia que a avó  costumava recitar, bem como de outras lembranças de sua infância fazem com que se sinta calma e vença o medo de estar sozinha na floresta à noite, tanto que consegue relaxar e adormecer. Quer o autor ensinar que as pessoas também, a exemplo de Brida, se tiverem fé em Deus, ou em algo que acreditem, vencerão seus medos.

Para ilustrar, transcreve-se o seguinte trecho, retirado da página 24: “Tinha fé. E a fé não deixaria que a floresta fosse de novo povoada por escorpiões e cobras. A fé manteria seu Anjo da Guarda acordado e velando.
Recostou-se de novo na rocha e dormiu sem perceber.”
« ...cada ser humano tem, dentro de  si, algo muito mais importante do que ele mesmo: o seu Dom.»
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