"O Livreiro de Cabul" é uma espécie de "ficção real", que resultou da estadia da jornalista norueguesa, Asne Seierstad, em Cabul, depois de cobrir a ofensiva da Aliança do Norte contra os taliban. Aí conheceu um homem elegante, charmoso, de cabelo grisalho. Sultan Kahn era o mais importante livreiro do seu país, profissão que tinha raízes na mais antiga das suas paixões e que exercia há quase trinta anos apesar dos riscos que comportava.
Acolhida vários meses pela família de um livreiro afegão, Seierstad escreve um livro onde relata o quotidiano, as relações, as tradições de uma família da classe média na capital afegã. Apesar de uma aparência de abertura e do elevado nível cultural, Sultan Kahn (o nome ficcionado do livreiro) relaciona-se com a sua família e os demais da forma mais tradicional (não deixando os filhos estudar, reagindo mal à ideia de a criança que estava para nascer, da sua segunda mulher, pudesse de novo vir a ser uma menina, etc.). O verdadeiro livreiro insurgiu-se contra a publicação, procurando por todos os meios impedi-la, acusando Seierstad de má-fé para com ele, que a recebera de forma hospitaleira, mas o livro já foi traduzido e publicado em mais de vinte países.
Como dizia Einstein, é mais fácil desintegrar o átomo do que mudar as mentalidades.
Como dizia Einstein, é mais fácil desintegrar o átomo do que mudar as mentalidades.
O Livreiro de Cabul de Asne Seierstad