"As histórias dos livros odeiam as histórias contidas nos jornais, dizia a mãe de David. As histórias dos jornais eram como peixe fresco acabado de pescar, digno de atenção apenas enquanto se mantivesse fresco, o que não durava muito. Eram como miúdos de rua apregoando ruidosamente as edições de fim de tarde, barulhentos e insistentes, enquanto as histórias - as verdadeiras histórias, as inventadas como deve ser - eram como bibliotecários austeros, mas prestáveis, numa biblioteca bem fornecida. As histórias dos jornais eram insubstânciais, como fumo, tão breves qaunto efémeras. Não criavam raiz, eram antes ervas daninhas que rastejavam pelo chão, roubando a luz do sol aos contos mais merecedores.
Estas histórias eram muito antigas, tão antigas como a humanidade, e sobreviviam por serem tão poderosoas. Estes eram os contos que ecoavam na cabeça de quem os lia muito depois de os livros que os continham terem sido postos de parte. Constituíam uma fuga da realidade e, ao mesmo tempo, uma realidade alternativa em si.
O mundo dos contos antigos existia num mundo paralelo ao nosso, tal como a mãe de David lhe tinha dito uma vez, mas a parede que separava os dois mundos tornava-se, por vezes, tão fina e frágil que os dois mundos começavam a fundir-se um no outro.
Foi quando os problemas começaram."
O Livro das Coisas Perdidas tem aventura, fantástico, mas também realismo. Passa-se durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de um miúdo que perdeu a mãe (que era fã de mitos e contos de fadas). David tem 12 anos e consegue entrar numa “terra de habitada por heróis, lobos e monstros”. De caminho, vai participando em novas versões do Capuchinho Vermelho, da história da Casinha de Chocolate e da Branca de Neve (até agora... mas adivinha-se que nas próximas páginas intervenha em mais histórias conhecidas, até porque há um corcunda pelo meio).
Best-seller do New York Times. “Envolvente, mágico e profundo”, escreveu-se no Independent. “Uma fábula comovente, imaginada de maneira brilhante”, registou The Times.
«Criativo e muito diferente... Uma alegoria sobre a vida e a morte, a guerra e a paz, e outros aspectos desta vida e da próxima…»
Midwest Book Review
David é um menino de doze anos que se refugia nos mitos e contos de fadas. Até que um dia o mundo real se confunde com a fantasia e começam a acontecer coisas más. Um livro recheado de heróis, monstros e magia.
in Pais&Filhos, Setembro de 2010
Midwest Book Review
David é um menino de doze anos que se refugia nos mitos e contos de fadas. Até que um dia o mundo real se confunde com a fantasia e começam a acontecer coisas más. Um livro recheado de heróis, monstros e magia.
in Pais&Filhos, Setembro de 2010