Convidamos à leitura deste romance, do escritor brasileiro Paulo Coelho (traduzido em 67 idiomas, mais de 100 milhões de exemplares de livros vendidos em 150 países), transcrevendo aqui a súmula do enredo, que se lê na badana da capa:
“O Vencedor está só – 15ª obra de Paulo Coelho editada em Portugal pela Pergaminho (Setembro 2008) – é, segundo Paulo Coelho, uma fotografia do mundo em que vivemos.
A acção, em ritmo acelerado, passa-se em 24 horas durante o Festival de Cinema em Cannes. Mas não é a indústria cinematográfica que está em jogo, para Igor Daley, o protagonista, um empresário russo que chega à cidade francesa com a obsessão de recuperar Ewa, o grande amor da sua vida. Para chamar a atenção da ex-mulher, Igor transforma-se num assassino em série. Em torno desta mente doentia estão produtores, actores consagrados, candidatos a actriz, modelos e estilistas, num retrato impiedoso da Superclasse, a elite da elite que define o rumo dos nossos dias. Transmitindo ao leitor pormenores de como vivem e se comportam as personagens baseadas na vida real, Paulo Coelho faz deste novo romance não só um testemunho da crise de valores de um universo centrado nas aparências mas, a cima de tudo, um thriller que se lê de um só fôlego”.
Depois de citações bíblicas… e uma poesia de Walt Whitman, Leaves of Grass, onde se lê, num dos versos… “Não sou aquele que você imagina”… o romance abre com este retrato da sociedade de hoje, que serve igualmente de introdução ao livro:
No momento em que acabo de escrever estas páginas, existem vários ditadores no poder. Um país do Médio Oriente foi invadido pela única superpotência mundial. Os terroristas estão a ganhar cada vez mais adeptos. Os fundamentalistas cristãos são capazes de eleger presidentes. A busca espiritual é manipulada por várias seitas que alegam deter o «conhecimento absoluto». Cidades inteiras são risca¬das do mapa pela fúria da Natureza. O poder do mundo inteiro está concentrado nas mãos de seis mil pessoas, segundo uma pesquisa de um intelectual americano de renome.
Existem milhares de prisioneiros políticos em todos os conti¬nentes. A tortura volta a ser tolerada como um método de interro¬gatório. Os países ricos fecham as suas fronteiras. Os países pobres assistem a um êxodo sem precedentes dos seus habitantes em busca do Eldorado. Os genocídios continuam em pelo menos dois países africanos. O sistema económico dá mostras de exaustão, e grandes fortunas começam a ruir. O trabalho escravo infantil tornou-se uma constante. Centenas de milhões de pessoas vivem abaixo do limiar de pobreza. A proliferação nuclear é aceite como irreversí¬vel. Surgem novas doenças. As doenças antigas ainda não foram controladas.
Mas é este o retrato do mundo em que vivo?
Claro que não. Quando resolvi fotografar a minha época, escrevi este livro.
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Algumas páginas à frente (140), o leitor ficará contente por saber que Gabriela irá de facto trabalhar com Mel Gibson – contracenando com a Celebridade – quanto vai ganhar e porquê, o que vai fazer e vai ficar a saber também se Igor vai ou não reconquistar a sua mulher… Boa leitura!
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