sábado, 31 de março de 2012

Siddartha

Siddartha ou uma lição da luz
Por Fernando Magalhães
Na próxima quarta-feira é a vez de "Siddartha", de Herman Hesse, que foi e continua a ser livro de cabeceira de muita gente
A maior parte de nós acorda todos os dias de manhã sem reparar que os olhos continuam fechados e que tudo em redor se mantém envolto em escuridão. "Siddhartha", de Herman Hesse, é o livro ideal para limpar as ramelas e afastar as cortinas do quarto. É um livro pequeno no tamanho mas imenso e intenso no que diz. E o que diz, di-lo directamente ao coração, sem intermediários. Foi escrito em 1922 por Herman Hesse (1877-1962), alemão naturalizado suíço, Prémio Nobel da Literatura em 1946 e que logo na infância declarara que "seria poeta ou não seria nada". As suas páginas estão cheias de zen. Nada de espantoso, se considerarmos que a espiritualidade caminha de Oriente para Ocidente (tenhamos esperança de que chegue cá a tempo e horas, como está escrito na luz).
"Siddhartha" foi e continua a ser livro de cabeceira de muita gente. Para alguns, uma espécie de bíblia de bolso do Budismo na Índia que tanto enforma a noção de "eterno retorno" de Nietzsche como ilustra o naturalismo metafísico (mesmo se o termo lhe repugnava...) de Alberto Caeiro. Para outros, simplesmente a história de Siddhartha, filho de brâmane, que se tornou Buda, e do seu amigo Govinda, personificação do espírito crítico e do racionalismo ocidentais.
"Siddhartha" é ambas as coisas: uma fonte de sabedoria e um romance bem contado. Ao longo dos seus doze capítulos (curiosamente, os mesmos que os arquétipos do Ser...) conta-se a história de Siddhartha, desde os tempos de infância, quando "já sabia pronunciar Om silenciosamente" e "reconhecer Atman nos abismos do seu ser", até à velhice e à definitiva iluminação, passando pela fruição sem reservas da vida mundana e pela tentação do suicídio. É também a história do seu amigo Govinda que o segue a par e passo, em busca de consolo espiritual e de respostas para o enigma da (sua) vida.
Livro de sabedoria, deslocado dos tempos que correm e, por essa razão, de leitura indispensável para se olhar para os tempos que correm com olhos de ver, "Siddhartha" tem tanto de lição de humanismo como, paradoxalmente, de libelo contra todas as escolas ou doutrinas de pensamento. Mas atenção, há uma (a)tensão e disponibilidade interiores que cumpre preservar, caso queiramos receber de mãos dadas com Siddhartha, o nirvana. "Nirvana não é apenas uma palavra, meu amigo - protestou Govinda - é um pensamento!. "Será um pensamento, mas devo confessar-te, meu amigo, que não diferencio muito entre pensamentos e palavras. Para ser franco, também não atribuo grande importância aos pensamentos. Atribuo mais importância às coisas." Quem não se dispuser a ir tão fundo tem, de qualquer forma, em "Siddhartha", bastante que colher e com que ficar fascinado. A escrita não poderia ser mais clara nem directa, possuindo o dom de modificar, senão a vida, pelo menos a visão daqueles de nós que, sedentos de Verdade, exclamam como Govinda: "Dá-me algo que me ajude no caminho, Siddhartha. O meu caminho é frequentemente duro e escuro". Leia-se, então, "Siddhartha", como quem segura uma lanterna.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Vinhas Da Ira

A dignidade humana

As Vinhas da Ira é um romance sobre a dignidade humana em condições desesperadas. Entre 1930 e 1939, as grandes planícies do Texas e do Oklahoma foram assoladas por centenas de tempestades de poeira que causaram um desastre ecológico sem precedentes, agravaram os efeitos da Grande Depressão, deixaram cerca de meio milhão de americanos sem casa, e provocaram o êxodo de muitos deles para Oeste, nomeadamente para a Califórnia, em busca de trabalho. Quando os Joad perdem a quinta de que eram rendeiros no Oklahoma, juntam-se a milhares de outros que ao longo das estradas se dirigem para Oeste, no sonho de conseguirem uma terra que possam considerar sua. E noite após noite, eles e os seus companheiros de desdita reinventam toda uma sociedade: escolhem-se líderes, redefinem-se códigos implícitos de generosidade, irrompem acessos de violência, de desejo brutal, de raiva assassina.

Este é daqueles livros dos quais já quase toda a gente ouviu falar, sendo considerado um dos mais importantes de sempre da literatura norte-americana. John Steinbeck, natural da Califórnia, decidiu escrever este livro partindo de uma série de artigos sobre os trabalhadores agrícolas oriundos do Oeste e Centro do país, que durante a altura da
Grande Depressão rumaram à Califórnia em busca do trabalho que o seu local de origem já não lhes garantia. Steinbeck desejava com este livro chamar a atenção para os culpados da grave crise que deflagrou no seu país.
Grande parte do enredo segue a história da família Joad, que se vê obrigada a abandonar a sua casa em Oklahoma devido às tempestades de areia que assolaram a região nos anos 30 e que pioraram ainda mais a situação precária em que já viviam. Sem outra alternativa, rumam à Califórnia em busca de trabalho e da sua sobrevivência, numa viagem em que a esperança num futuro melhor era o que não podiam deixar fugir.
A família Joad é numerosa: pai, mãe, 6 filhos, tio, dois avós e ainda o marido de uma das filhas, que por sinal está grávida. Todas estas pessoas, mais um ex-pregador que se junta à família, rumam à Califórnia num camião que ameaça avariar a qualquer momento, cheio de pessoas e dos pertences da vida que deixaram para trás. Acompanhamos as peripécias da viagem da família, a sua chegada à Califórnia e a consequente luta por encontrar um sítio onde morar e trabalhar.
A personagem principal é Tom Joad, o filho. Depois de passar alguns anos na prisão por ter assassinado um homem, regressa a casa mesmo a tempo de acompanhar a família na viagem. Apesar do seu passado recente, Tom é um jovem que demonstra ter dentro de si uma revolta crescente quanto às condições de vida das classes mais pobres. Mas a personagem que realmente me cativou foi a Mãe. Uma mulher do campo, trabalhadora, fruto do seu tempo, mas com uma sabedoria simples e tocante.

LORD OF FLIES (SENHOR DAS MOSCAS) LEGENDADO

Um dos mais aclamados romances da atualidade

"Publicado originalmente em 1954, O Deus das Moscas de William Golding é um dos mais perturbadores e aclamados romances da actualidade.
Um avião despenha-se numa ilha deserta, e os únicos sobreviventes são um grupo de rapazes. Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. A supervisioná-los está Ralph, um jovem ponderado, e o seu amigo gorducho e esperto, Piggy. Apesar de Ralph tentar impor a ordem e delegar responsabilidades, muitos dos rapazes preferem celebrar a ausência de adultos nadando, brincando ou caçando a grande população de porcos selvagens que habita a ilha. O mais feroz adversário de Ralph é Jack, o líder dos caçadores, que consegue arrastar consigo a maioria dos rapazes. No entanto, à medida que o tempo passa, o frágil sentido de ordem desmorona-se. Os seus medos alcançam um significado sinistro e primitivo, até Ralph descobrir que ele e Piggy se tornaram nos alvos de caça dos restantes rapazes, embriagados pela sensação aparente de poder."

Sabedoria

O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem.
(Epicteto)

O Ano da morte de Ricardo Reis

Ricardo Reis revisitado
Marisa Torres da Silva
A reconstrução da identidade imaginária de um dos heterónimos do poeta Fernando Pessoa constitui o mote do livro "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984), um dos melhores romances de José Saramago, dois anos depois da publicação de "Memorial do Convento". Ricardo Reis, tal como o título o deixa prever, é a personagem central do livro, mas também Fernando Pessoa, o seu criador, ocupa um lugar preponderante na acção, a qual se situa historicamente nos anos 30, época de plena consolidação da ditadura salazarista.
Partindo das pistas biográficas de Ricardo Reis registadas pelo próprio Pessoa - um médico que se expatriara desde 1919 no Brasil, por motivos políticos -, Saramago imagina a personagem no seu regresso a Portugal em Dezembro de 1935, descrevendo o seu quotidiano nos nove meses anteriores à sua morte. Ricardo Reis chega a Lisboa, aluga um quarto de hotel e depois um apartamento, envolve-se com duas mulheres, Lídia e Marcenda, é seguido pela polícia, além de receber sucessivas visitas do falecido Fernando Pessoa, o que contribui para acentuar o ambiente de irrealidade da acção.
Em "O Ano da Morte de Ricardo Reis", a escrita de Saramago possui uma forte marca de intertextualidade, sendo que os nomes de Marcenda e Lídia derivam ambos das "Odes de Ricardo Reis" de Pessoa, além do facto de o romance de Saramago se construir em torno da personagem inventada pelo poeta, reconstruída através do diálogo com o seu criador. Também as referências a Luís de Camões são constantes ao longo da obra, bem como a presença do escritor argentino de ascendência portuguesa Jorge Luis Borges. Toda esta multi-referencialidade que perpassa pelo livro transforma "O Ano da Morte de Ricardo Reis" num romance que se transcende a si próprio, posicionando-o numa tradição literária simultaneamente clássica e moderna, portuguesa e internacional.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Olhares



Quem não compreende um olhar também não compreenderá uma longa explicação.
(Provérbio árabe)

O Outono do Patriarca

Por Clara Viana
O mundo de um ditador eterno, escrito num monólogo a várias vozes pelo colombiano Garcia Márquez
general de "O Outono do Patriarca" - publicado pela primeira vez em 1975 e que será vendido amanhã com o PÚBLICO - começou a ser perseguido pelo colombiano Gabriel Garcia Márquez em 1958. Era ainda então "uma narrativa conformista e linear, na terceira pessoa" sobre um ditador imaginário das Caraíbas, que sofreu o primeiro assalto na Cuba recém-saída da revolução, quando o escritor, e mais tarde Prémio Nobel da Literatura, no seu papel de jornalista, assistiu ao julgamento de um outro general num estádio sobrelotado. Garcia Márquez soube então que se impunha escrever de outro modo o mundo do seu ditador eterno. Mas isso foi antes de ter sido "tomado de assalto pelo cataclismo de Cem Anos de Solidão".
O general teria, assim, de esperar vários anos mais para entregar o mar do seu país aos gringos. Filho bastardo de uma criadora de pássaros, que se quis a si próprio concebido pela graça divina, que se fez Messias, aclamado pelo povo, e atacado pelo "vício solitário do poder" até o seu próprio compadre serviu ao jantar, o corpo recheado de pinhões e ervas aromáticas.
Mas a ele doía-lhe tão-só aquela "inconcebível maldade do coração com que vendeu o mar a uma potência estrangeira e nos condenou a viver defronte desta planura sem horizonte de áspero pó lunar", como contam os que descobriram o seu cadáver. Numa altura em que o seu poder ganhara já uma existência distinta da do velho que percorria sozinho o palácio presidencial, deixado por conta de vacas, galinhas e cães.
Sete anos de escrita
Muito tempo antes desse longuíssimo Outono em que foi apanhado pela morte numa idade incerta entre os 107 e os 232 anos, a sua mãe Bendición Alvarado, vendo-o, pela primeira vez, de "uniforme de cerimónia com as medalhas de ouro e as luvas de cetim que continuou a usar durante o resto da vida", exclamou "que se eu soubesse que o meu filho vinha a ser presidente da República tinha-o mandado à escola".
Foi um hipotético pai de cinco mil filhos, todos nascidos de sete meses, dono de umas mãos sem mácula de linhas nas palmas, de uns enormes pés chatos e de um também descomunal testículo que lhe encharcou de dor toda a sua longa vida, e cuja segunda morte foi saudada com música, foguetes e sinos, anunciando ao mundo "a boa nova de que o tempo incontável da eternidade tinha finalmente acabado".
Ao fim de sete anos de escrita, Garcia Márquez alcançara o que se tinha proposto e que ensaiara em vários contos escritos com o fito de não repetir a sua obra mais aplaudida, "Cem Anos de Solidão". Como ele próprio confessou sobre este seu livro: "O mais difícil não foi escrevê-lo, mas sim tirá-lo de cima de mim."

O Nome da Rosa

Sherlock Holmes entre os monges 
Marisa Torres da Silva
Uma simples ideia fez surgir aquele que é considerado um dos maiores best-sellers da literatura contemporânea. A Umberto Eco fascinava-o "a imagem de um monge envenenado enquanto lia um livro na biblioteca". E assim nasce, em 1980, o primeiro romance do semiólogo italiano
Crónica medieval, intriga policial, jogo literário. Qualquer tentativa de espartilhar "O Nome da Rosa" numa categoria única afigura-se inútil e frustrada. O primeiro romance de Umberto Eco, professor de semiótica na Universidade de Bolonha, contém em si mesmo todos os ingredientes de uma obra inesperada.
Traduzido para mais de 60 línguas e vencedor de dois dos principais prémios literários italianos (Viareggio e Strega), "O Nome da Rosa", um enorme sucesso de vendas a nível mundial, explora as diversidades, contradições e complexidades do mundo medieval, mas também levanta questões relacionadas com a actualidade, em última análise, sobre o que é constitui a cultura, a quem é transmitida, por quem e com que objectivos.
Umberto Eco é, aliás, um autor que, à semelhança de muitos outros na história da literatura, desenvolve uma dupla via de criação: por um lado, o discurso académico (é um semiólogo internacionalmente reconhecido) e, por outro, a narrativa de ficção. Neste autor, os dois universos cruzam-se incessantemente, sobretudo no que diz respeito à escrita de romances, que beneficiam do próprio percurso de Eco.
O livro "O Nome da Rosa" constitui um prodigioso relato histórico, que projecta o leitor para a primeira metade do século XIV e para o universo monástico. Entre as descrições do clero da época, a evocação da vida quotidiana de uma abadia beneditina, os perfis dos monges e das suas ocupações diárias, passando pela cozinha até às discussões teológicas, a obra explora toda uma panóplia de peças e de espelhos onde se esconde, no meio de milhares de volumes e manuscritos, a síntese do saber humano. Ironicamente, o enredo do livro parece querer dizer que tanto a sede de conhecimento como a busca da verdade são perigosos, ambíguos e ilusórios.
A biblioteca de uma grande abadia medieval é o centro e o palco principal de toda a trama, construída de forma labiríntica, de onde partem caminhos e pistas ambivalentes. Nas palavras de Guilherme de Baskerville, um dos protagonistas do romance e que corresponde a uma espécie de Sherlock Holmes transposto para os tempos medievais, "a biblioteca defende-se por si, insondável como a verdade que acolhe, enganosa como a mentira que encerra. Labirinto espiritual, é também labirinto terreno. Poderiéis entrar e poderiéis não sair" (Primeiro Dia, Terça).
Elementar, meu caro Adso
Toda esta complexidade inerente ao livro e as múltipas questões que coloca aparecem, porém, disfarçadas sob a forma de intriga policial. Está tudo lá: homicídios, suspense, pistas, o detective e o seu ajudante, as revelações a par e passo e o desenlace final.
Mas convém descrever minimamente o enredo da obra. Decorria o ano de 1327, dominado pelas lutas entre o Imperador e o Papa, e, dentro da esfera eclesiástica, entre a igreja e as ideias reformistas franciscanas. Guilherme de Baskerville, monge franciscano, e o seu jovem discípulo Adso de Melk chegam a uma abadia situada no norte de Itália, que possui a mais completa biblioteca da cristandade. Tanto o abade como os monges controlam meticulosamente o acesso à colecção.
Todo este ocultismo que a envolve deve-se ao facto de aí existirem milhares de livros escritos por autores pagãos, judeus e árabes, bem como diversos registos de heresias. Com efeito, é particularmente vedado o acesso a um livro, o segundo volume da Poética de Aristóteles, que faz uma apologia do riso e das suas virtudes.
Eco cria também, a par de Guilherme e de Adso, uma personagem extraordinária, dotada de um saber enciclopédico: Jorge de Burgos (numa evidente alusão ao escritor argentino Jorge Luis Borges), adversário à altura de Guilherme de Baskerville. Ambos se confrontam em acaloradas discussões sobre a permissibilidade do riso: enquanto Jorge de Burgos o define como "fonte de dúvida" e "coisa bastante próxima da corrupção e da morte", Guilherme encara-o como algo que "é próprio do homem, sinal da sua racionalidade".
Da época medieval ao século XVII
No ano de 1980, Umberto Eco dava início a uma triunfal carreira literária que o transformou num dos romancistas europeus mais lidos da década. O desencanto suscitado pelo seu segundo romance, "O Pêndulo de Foucault" (1988), não lhe afectou o crédito, pelo menos comercial.
Em "O Nome da Rosa", Eco aplicou os moldes da novela policial ao romance histórico, utilizando como temática o mundo medieval. Com "O Pêndulo de Foucault", abandona a Idade Média, mas não a matéria medieval, retomando-a com a história da dissolução dos templários, para criticar os esoterismos, outra face da transcendência religiosa. "A Ilha do Dia Antes" (1994) situa-se no século XVII, na época da Guerra dos Trinta Anos; o enredo, tal como "O Nome da Rosa" possui um indisfarçável tom lúdico. No ano passado, Eco regressou à época medieval com o romance "Baudolino", mas desta vez explora o ambiente laico, numa história recheada de humor e de mentiras.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Uma nova aventura


Os Aventureiros no Rio SubterrâneoNeste livro, os Aventureiros fazem uma excursão aos castelos da região. Na mesma altura dá-se um audacioso roubo de diamantes. Quem serão as duas estranhas senhoras e que escondem elas? A situação complica-se no Mosteiro de Alcobaça quando Bia fica fechada lá dentro, à noite…
ISABEL RICARDO AMARAL escreveu o primeiro livro com apenas 11 anos e possui já uma vasta obra, publicada não só em Portugal, mas também no estrangeiro.
Considerada uma referência valiosa na literatura infantil e juvenil, apresenta várias colecções de grande sucesso, entre elas “Os Aventureiros” e “Guerreiros da Luz”, razão por que é recomendada por vários Professores de Português.
Contos Marotos e “Contos do Bosque Sempre Verde são duas colecções que surgiram a pedido dos mais pequenitos que acompanhavam os irmãos mais velhos no pedido de autógrafos das colecções infanto-juvenis da autora, “Os Aventureiros e Guerreiros da Luz.
É também considerada uma referência importante no romance histórico e perita em criar romances com enredos empolgantes, repletos de mistério e suspense que transportam os leitores para o encantamento da ficção.
A sua escrita mágica e fascinante tem vindo a apaixonar leitores de todas as idades, fazendo-os sentir a emocionante sensação de fazer parte do próprio livro.
Neste momento, conta já com um leque variado de obras publicadas, 28, sendo a maioria para crianças e jovens.
Adora escrever, ler e viajar por sítios que lhe servem de fonte de inspiração para os seus livros, bem como o contacto com os seus leitores nas escolas que tem visitado.
Dedicada exclusivamente à escrita, divide o seu tempo entre esta e encontros com alunos, em sessões de incentivo ao livro e à leitura, promovidas por escolas e bibliotecas.

domingo, 18 de março de 2012

Quando os sonhos da adolescência se evaporam

 A fuga incessante ao destino inevitável de se tornar adulto é o móbil de Ruben, o adolescente que protagoniza este romance. Vivendo inicialmente nun mundo idílico de fantasia e liberdade, Ruben vê-se obrigado a actuar e a cumprir as regras severas que Oskar, o seu intransigente perceptor, lhe impõe. Mas Ruben foge conduzido pelo pânico, iniciando uma viagem mirabolante durante a qual se vê envolvido com personagens excêntricas e inquietantes, em ambientes surreais. O seu rumo? A América onde se encontra o riquíssimo tio Isacc e onde Ruben crê ser possível fazer perdurar a sua infância. Contudo... evaporados os sonhos da adolescência, Ruben regressa descobrindo o que deles resta intacto em cada um de nós

sábado, 17 de março de 2012

Mais de 400 milhões de leitores em todo o mundo

A arqueóloga marinha, Tate Beaumont, é apaixonada pela caça ao tesouro. Ao longo da vida, ela e o pai descobriram muitas riquezas fabulosas, mas há um tesouro que nunca conseguiram encontrar: a Maldição de Angelique - um amuleto com pedras preciosas, obscurecido pela lenda e manchado de sangue. Para encontrarem este artefacto precioso, os Beaumonts aceitam, hesitantemente, uma parceria com os mergulhadores Buck e Matthew Lassiter. Tate não fica feliz por partilhar o seu sonho, mas não tem alternativa. E, à medida que os Beaumonts e os Lassiters disponibilizam recursos para localizar a Maldição de Angelique, as águas das Caraíbas adensam-se com desilusões sombrias e ameaças escondidas. A parceria entre as famílias é posta em causa quando Matthew se recusa a partilhar informação - incluindo a verdade sobre a morte misteriosa do seu pai, alguns anos antes. E conforme Tate e Matthew avançam com a sua desconfortável aliança... o perigo e o desejo ameaçam emergir.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Escrito ao ritmo das emoções, somos levados ao universo da infância

quarta-feira, 14 de março de 2012

True Love Waits - Radiohead

Escrever nunca é um esforço solitário


Um Homem com Sorte

 Durante a maior parte da sua vida, Logan Thibault foi um homem que em tudo se podia considerar comum. Porém, nada de comum havia naquilo que estava prestes a acontecer-lhe. Quando encontra uma fotografia de uma mulher nas areias do deserto do Iraque, Logan Thibault passa, inexplicavelmente, a ser um homem com a sorte do seu lado, que sobrevive a situações de indescritível perigo. A fotografia começa a ser encarada como um talismã e, de regresso aos EUA, Thibault não consegue deixar de pensar na mulher que lhe salvou a vida. Mas, assim que a encontra, o segredo que transporta consigo poderá custar-lhe tudo aquilo que lhe é querido. Nicholas Sparks traz-nos uma sublime história sobre a força avassaladora do destino que se sobrepõe a tudo e dá sentido até aos momentos mais inexplicáveis da vida.

terça-feira, 13 de março de 2012

Para todos os estudantes incluíndo os cábulas

A Arte de EstudarEstudar é a paixão de alguns e o pesadelo de muitos. O que talvez surpreenda uns e outros é a descoberta de uma «arte de estudar». Ela não é composta apenas por métodos ou truques, mas forma uma verdadeira arte, uma atitude de fundo perante a vida e a sabedoria.
A arte de estudar revela-se em duas funções primordiais, a instrução e a educação. A primeira forma a mente e capacidades dos estudantes, a segunda a sua personalidade e valores.
É essencial compreender que a arte de estudar só pode nascer de um fascínio por essa maravilha da civilização que é a escola, o ‘jardim do conhecimento’. A escola é o local preparado com o melhor do espírito humano, flores, pomares, hortas e regatos de água cristalina, onde o estudante deambula, observa e desfruta, formando-se assim para a vida. É tão importante que esses anos sejam passados com arte!
Este livrinho, sem pretender ensinar nada, tem como único objectivo inspirar todos os que estudam, alunos e professores de todos os graus de ensino, mas também literatos, diletantes e curiosos. Um lugar muito especial ocupam aqueles que mais precisam desta arte e que menos a conseguem vislumbrar: os cábulas. Porque a arte de estudar serve a todos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A vida fê-lo herói, e a morte o sagrou Rei!


O assassínio do Presidente da República Sidónio Pais, ocorrido em 1918, é um mistério. Apesar de a polícia ter prendido um suspeito, este nunca foi julgado. A tragédia ocorreu quando Lisboa estava a braços com a pneumónica, a mais mortífera epidemia que atravessou o séc. XX e, ainda, na ressaca da Primeira Guerra Mundial. A cidade estava exaurida de fome e sofrimento. É neste ambiente magoado e receoso que Sidónio Pais é assassinado na estação do Rossio em Dezembro de 1918.
Francisco Moita Flores constrói um romance de amor e morte. Fundamentado em documentos da época, reconstrói o homicídio do Presidente-Rei, utilizando as técnicas forenses e que, de certa forma, continuam a ser reproduzidas em séries televisivas de grande divulgação sobre as virtualidades da polícia científica.
Os resultados são inesperados e (Morro Bem. Salvem a Pátria?) é um verdadeiro confronto com esse tempo e as verdades históricas que ao longo de décadas foram divulgadas, onde o leitor percorre os medos e as esperanças mais fascinantes dessa Lisboa republicana que despertava para a cidade que hoje vivemos. E sendo polémico, é terno, protagonizado por personagens que poucos escritores sabem criar. Considerado um dos mestres da técnica de diálogo, Moita Flores provoca no leitor as mais desencontradas emoções que vão da gargalhada hilariante ao intenso sofrimento. Um romance que vem da História. Uma história única para um belo romance.

domingo, 11 de março de 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

Capitães da Areia





Plano Nacional de Leitura   Livro recomendado no programa de português do 9º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula.
Capitães da Areia é o livro de Jorge Amado mais vendido em todo o mundo. O autor descreve, em páginas carregadas de beleza, dramatismo e lirismo poucas vezes igualados na literatura universal, a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador. Dividido em três partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo "Canção da Bahia, Canção da Liberdade", em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia "na moita misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra".
Obra com texto integral e definitivo fixado por Paloma Amado e Pedro Costa.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Uma bela história de paixão

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá





Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em 1948, para  o seu filho João Jorge, quando este completou um ano de idade. O texto andou perdido, e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo seu filho e levado a Carybé para ilustrar. Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto, a história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr munod fazendo as delícias de leitores de todas as idades

terça-feira, 6 de março de 2012

O livros e os desenhos que fazem sonhar

A Nascente de Tinta é a primeira aventura do pequeno Gonçalo que, ao receber um búzio com poderes, entra num universo fantástico! É através desta porta encantada que o menino mergulha até ao fundo do mar, até à Assembleia Aquática, onde precisam da sua ajuda. Este é o inicio de uma mirabolante viagem por sítios tão fantásticos quanto o Reino das Letras, o Reino das Mãos Falantes, a Colina dos Desejos ou o Deserto das Ideias.


"Entrar neste livro do Pedro fez-me reviver a sensação mágica de algumas histórias
que li na infância. Prendiam-me, sobretudo, aquelas em que a personagem principal caía inadvertidamente num poço ou numa gruta, mas depois era todo um mundo maravilhoso que se abria aos sentidos e à imaginação.
Recordo-me de uma que deixava sempre um vicariante gosto a chocolate: a personagem principal acabava por desembocar num túnel abert para um labirinto onde os meninos podiam comer chocolates, caramelos  e rebuçados à discrição. Por acaso, nesse tempo parco em iguarias e guloseimas, essa era, também a imagem que tinha do paraíso."

Prof.Helena Rodrigues

segunda-feira, 5 de março de 2012

Vai onde os livros te levam...

A história de uma eleição democrática

Ler é viajar num jardim mítico

A história de um menino que um dia descobriu a dor





Este livro retrata a história de um menino de cinco anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e muito numerosa. Zezé tinha muitos irmãos, a sua mãe trabalhava numa fábrica, o pai estava desempregado, e como tal passavam por muitas dificuldades, pelo que eram as irmãs mais velhas que tomavam conta dos mais novos; por sua vez, Zezé tomava conta do seu irmãozinho mais novo, Luís.
Zezé era um rapazinho muito interessado pela vida, adorava saber e aprender coisas novas, novas palavras, palavras difíceis que o seu tio Edmundo lhe ensinava. Contudo, passava a vida a fazer traquinagens pela rua, a pregar sustos aos outros e muitas vezes acabava por ser castigado e repreendido pelos pais ou pelos irmãos, que passavam a vida a dizer que era um mau menino, sempre a fazer maldades. Todos estes fatores e o fato de não passar muito tempo com a mãe, visto que esta trabalhava muito, faziam com que Zezé, muitas vezes, não encontrasse na família o carinho e a ternura que qualquer criança precisa. Somente de sua irmã Glória, que ele carinhosamente chama de " Godóia ".
Ao mudarem de casa, Zezé encontra no seu quintal da sua nova moradia um pequeno pé de laranja lima, inicialmente a ideia de ter uma árvore tão pequena não lhe agrada muito, mas à medida que este vai convivendo com a pequena árvore e ao desabafar com esta, repara que ela fala e que é capaz de conversar consigo, tornando-se assim o seu grande amigo e confidente, aquele que lhe dava todo o carinho que Zezé não recebia em casa da sua família

domingo, 4 de março de 2012

Para acompanhar um bom livro

Como seria sem estrelas no céu?


Light up from Light up on Vimeo.


Malou, uma menina com uma paixão pela astronomia, vive  num mundo sem estrelas. Um dia decide...
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