domingo, 11 de outubro de 2015

Quando nenhuma mulher podia votar

AS NOSSAS SUFRAGISTAS


«Houve um tempo em que nenhuma mulher da tua família podia votar. Apenas por ser mulher. Mãe, avó, tia, irmã, sobrinha, prima, não importava. Mesmo que fossem muito inteligentes, mesmo que tivessem lido cem ou duzentos livros (o que seria imenso!), mesmo que soubessem dizer a tabuada de trás para a frente ou o nome de todos os rios e afluentes da Ásia (o que seria incrível!), tinham contra si uma série de leis que as julgavam como inferiores aos homens. 

(...)

Nessa altura, só podiam votar os cidadãos portugueses maiores de 21 anos que soubessem ler e escrever e fossem «chefes de família». Então imagina: enquanto os homens vestiam as suas fatiotas para exercer o voto, as mulheres ficavam em casa a preparar coisas como cola de arroz, água canforada, cera para móveis e outras receitas domésticas que agora não servem para nada. 

Mas serviu, e muito, a coragem de uma mulher chamada Carolina Beatriz Ângelo. Foi a primeira médica cirurgiã em Portugal, uma vitória numa profissão reservada aos homens. E foi também a primeira mulher a votar, tanto em Portugal como no sul da Europa!»

via Jardim Assombrado, PUBLICADA POR 

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