quarta-feira, 1 de junho de 2011

Aconselhado para explorar as relações do "Senhor Valery"


Plano Nacional de LeituraLivro recomendado no programa de português do 6º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II.

Gonçalo M. Tavares (n. 1970) é um novo escritor que em pouco tempo se estreou com quatro livros (poesia, literatura infanto-juvenil e teatro) de grande qualidade e que já lhe valeram dois prémios. Um desses prémios (Branquinho da Fonseca "Expresso/Gulbenkian, na modalidade de Literatura para a Infância) foi, precisamente, atribuído a este " O Senhor Valery". Que não é, diga-se, propriamente um livro infantil, mas um livro de que os adultos gostarão certamente (e as crianças também e até por isso mesmo. Conta-se que Oscar Wilde, um dia em passeio por uma Feira de Livro com um sobrinho, lhe quis comprar um livro para lhe oferecer. A criança retorquiu dizendo que estava bem, desde que não fosse um livro infantil). E quem é este senhor Valery ? Um homem de estatura baixa (por isso dava muitos saltos, para, por vezes, "ser igual às pessoas altas"), solitário, com um humor fino, que adora pensar de uma forma lógica, tão lógica, que por vezes roça a estupidez. O livro tem desenhos de Rachel Caiano.

"Lemos o livro com o prazer de estarmos a acompanhar um discurso extremamente inteligente sobre uma criatura cujo universo mental assenta na mais acabada tolice. Lemo-lo com um sorriso nos lábios que, por vezes, se abre numa gargalhada.
" (...) o texto é um estimulante exercício de inteligência. Os adultos não desdenharão lê-lo e as nossas crianças poderão aceder a alguns dos seus sentidos profundos, aqui e ali com a ajuda de um pai ou um professor. Retirarão assim o devido prazer das pequenas desventuras e raciocínios deste impagável Senhor Valery."
José António Gomes, Expresso, Cartaz

" Uma pequena pérola. O Senhor Valery é um descendente do "Monsieur Teste", de Paul Valery, de "Un Certain Plume", de Henri Michaux, e do senhor Këuner, de Brecht. Trata-se de um homenzinho curioso e distraído, irónico e tímido, desajeitado e brilhante, patético e profundo, um homem pequeno que deambula, solitário, pela cidade, com passo curto, de chapéu de coco na cabeça. É uma criatura que problematiza tudo, que de tudo faz silogismos, enigmas, paradoxos."
Pedro Mexia, DNA
O Senhor Valéry de Gonçalo M. Tavares

Excerto
O Senhor valéry era pequenino, mas dava muitos saltos.
Ele explicava:
Sou igual às pessoas altas só que por menos tempo.


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