segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O livro reúne emoção, mistério

                                               
 É incrível como o Santo Sudário ainda é capaz de provocar tantas indagações em torno de sua existência e veracidade. Relíquia venerada pelos cristãos, a peça é tema deste primeiro romance da jornalista espanhola Júlia Navarro.


A acção do livro começa na Catedral de Turim, na Itália, onde está guardado o Santo Sudário. Ali, acontecem uma série de incêndios e acidentes considerados suspeitos. Um grupo de policiais e historiadores da arte passam a investigar as ocorrências, partindo de uma única pista: os suspeitos são mudos porque têm as línguas cortadas e não podem ser identificados porque têm as digitais queimadas. São os herdeiros directos da primeira comunidade cristã, fundada em torno do Santo Sudário em Edesa, hoje a cidade turca de Urfa. Com a investigação, desenrola-se uma trama que vem dos primeiros tempos após a morte de Cristo e chega até hoje, envolvendo imperadores, cavaleiros templários medievais até poderosos homens de negócios, cardeais e altos representantes da Igreja.
Paralelamente às investigações, o leitor acompanha o percurso, ao longo dos séculos, do tecido fino e macio de linho, preparado por José de Arimatéia para ser a última roupa de Jesus. Recolhido no túmulo vazio em Jerusalém, o sudário é levado para um pequeno povoado, onde produz efeitos milagrosos. Fervorosos cristãos decidem então proteger o sudário, sem medir sacrifícios, até os dias de hoje.
Uma das poucas provas que restaram da passagem de Jesus entre a humanidade, o Santo Sudário virou lenda, foi alvo de muitas cobiças e até hoje inspira certezas da fé e dúvidas provocadas por avaliações científicas. Misturando ficção e factos da história, o livro surpreende a cada página e tem atraído grande número de leitores.
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