Terá chovido
durante cem dias e a água infiltrada/pelas raízes das ervas/chegou à biblioteca
banhando as palavras santas/guardadas no convento.
Quando
tornou o bom tempo, Sajat-Novà o frade mais jovem/levou os livros todos por uma
escada até ao telhado/e abriu-os ao sol para que o ar quente/enxugasse o papel
molhado.
Um mês de
boa estação passou/e o frade de joelhos no claustro/esperava dos livros um
sinal de vida. Uma manhã finalmente as páginas começaram/a ondular ligeiras no
sopro do vento/parecia que tinha chegado um enxame aos telhados/e ele chorava
porque os livros falavam.